Nem todos os trabalhos funcionam em uma linha de montagem. Para bons resultados, é preciso entender o processo.
Se tem uma coisa que fizemos de errado nesse mundo foi incorporar o fordismo em todas as esferas de trabalho. Sim, o sistema de produção em massa desenvolvido por Ford em 1914 é fundamental para o funcionamento das indústrias que temos hoje, desenvolvendo milhares de produtos para o consumo em massa. Mas quando estamos falando de trabalhos especializados, em escalas menores, o melhor é que todos entendam o processo.
Construir uma linha de montagem para desenvolver um projeto de design ou programação é uma coisa comum hoje em dia. Temos o desenvolvedor front-end, back-end, administrador de redes, arquiteto da informação, designer de UX, designer de UI, web designer e por aí vai. Cada um responsável por uma parte do processo, cada um montando uma engrenagem que só funciona quando o trabalho de todos se une.
Quando o que precisamos de verdade é de mais profissionais full stackers. O nome é novo, mas o conceito é antigo: o melhor mesmo é entender o processo todo para fazer um bom trabalho. Se você entende por onde seu projeto tem que passar para chegar ao resultado final, é mais fácil designar tarefas, prazos, exigir melhorias e auxiliar sempre que algum profissional não está presente.
Os bons profissionais de verdade são aqueles que compreendem o processo todo, tem interesse no que vem antes e depois de seu trabalho e conseguem executar tarefas para além das suas específicas quando necessário.
Tem coisa mais satisfatória do que resolver todos os problemas do seu carro em um só mecânico? Melhor ainda: entender como cada coisa será resolvida com uma explicação de alguém que conhece de verdade do assunto, de cabo a rabo? É de ganhar a confiança na hora.
Autor: Adriano Meirinho