Com a Indústria 4.0 se tornou mais simples a análise de qualquer processo de produção. Novas tecnologias auxiliam na automação industrial para reduzir erros, melhorar a qualidade, eliminar desperdícios, reduzir custos e riscos, maximizar a produtividade e, consequentemente, a lucratividade.
E a AGPR5 possui soluções completas, que vão desde máquinas até softwares que tornam sua empresa mais eficiente, indo de combate aos oito grandes grupos de perdas na indústria.
1 – PERDA POR SUPERPRODUÇÃO
A superprodução é uma das maiores fontes geradoras de desperdícios e é a mais difícil de ser eliminada. Existem dois tipos de superprodução: a quantitativa e a antecipada.
- Superprodução quantitativa: ocorre quando se produz além do que é solicitado, em outras palavras, mais que um lote de produção econômico.
- Superprodução por antecipação: ocorre quando a empresa decide fabricar o produto antes de sua solicitação. Logo haverá um consumo antecipado de mão-de-obra, matéria-prima, energia e espaço físico.
As principais consequências da superprodução para as organizações são:
- Estoques intermediários;
- Lead Time alto;
- Alto custo de estocagem;
- Dificuldade de identificação e gerenciamento de materiais, etc.
- Baixo comprometimento com a qualidade;
Segundo o Sistema Toyota de Produção a produção deve ser feita o suficiente para atender as necessidades de utilização e processamento. As causas da superprodução relacionam-se a falhas nos processos produtivos, tais como:
- Erro de cálculo na determinação da demanda e no planejamento da produção;
- Baixo grau de confiabilidade dos equipamentos, o que leva a empresa a produzir mais do que o necessário;
- Longo período de setup (preparação de máquinas e equipamentos na linha de montagem), levando a empresa a produzir mais para compensar o tempo em que a máquina ou linha de montagem fica parada;
- Deficiências de qualidade nos processos de fabricação, o que acarreta refugos e retrabalhos;
Com o intuito de minimizar as perdas por superprodução pode-se implementar as seguintes ações:
- Realizar dimensionamento adequado da demanda bem como análises realistas do mercado e consumo. Em outras palavras, a produção deve ser “puxada” pelo consumo e não “empurrada” pela oferta ao consumidor.
- Implementar sistemas de manutenção (preventiva, preditiva e corretiva) e Total Productive Maintenance
– TPM com o propósito de aumentar a confiabilidade e performance; - Elevar o grau de qualidade nos processos;
- Implementar um sistema de troca rápida de ferramentas, etc.
2 – DESPERDÍCIO DE MATERIAL EM ESPERA NO PROCESSO
Ocorre quando o material adquirido fica parado a espera de seu processamento. Quando parte do material foi processado, o restante fica à espera da disponibilidade dos equipamentos para a finalização de seu processamento.
Existem basicamente três tipos de perda por espera:
- Perda por espera no processo: um lote fica à espera do processamento do lote anterior até que o operador e os equipamentos estejam disponíveis;
- Perda por espera do lote: ocorre quando as peças processadas de um lote aguardam o processamento das restantes para que possam passar para a operação seguinte. Exemplo: um lote de 2000 peças começa seu processamento e está na primeira peça. Após ser processada ela fica à espera das 1999 restantes, pois somente com o lote completo se passa para a próxima operação.
- Perda de espera do operador: ocorre quando a peça tem de esperar a disponibilidade do operador.
Principais causas de desperdício de material em espera na produção são:
- Gargalos de produção;
- Layout inadequado aos processos de produção;
- Ausência de sincronia na produção;
- Lote de produção maior que as necessidades de consumo.
Procedimentos para redução do desperdício:
- Redução dos gargalos de produção;
- Planejamento e definição do arranjo físico adequado para melhorar o fluxo de produção;
- Implementação de ferramentas do estudo de tempos e métodos;
- Dimensionamento dos lotes de produção a fim de que sejam os menores possíveis.
3 – DESPERDÍCIO DE TRANSPORTE
Perdas de transporte relacionam-se com a movimentação de mercadorias ao longo do processo (desde o recebimento até a expedição) e que geram custos e não agregam valor ao produto. Portanto, deve-se reduzir esses desperdícios pela eliminação da movimentação entre as linhas ou outras áreas do processo.
As causas principais do desperdício de transporte são:
- Movimentação desnecessária e não programada;
- Sistemas inadequados de transporte;
- Inadequação do layout fabril.
Para eliminar esse tipo de desperdício:
- Movimentar o material o mínimo possível com a máxima capacidade possível;
- Mecanizar e automatizar os transportes de forma a reduzir os custos e aumentar a produtividade;
- Melhorar o layout: aproximar o estoque de material dos postos de trabalho e etapas de processamento; eliminar contra fluxo de materiais, facilitar acesso as áreas de abastecimento.
4 – DESPERDÍCIO DE PROCESSAMENTO
Ocorre quando o processamento se encontra aquém do estado ideal ou quando são realizadas ações desnecessárias para que o produto atinja as especificações do projeto.
Causas das principais perdas de processamento:
- Erros no dimensionamento de máquinas e equipamentos;
- Erros no projeto de produto que ocasionam operações adicionais desnecessárias durante a produção;
Para minimizar as perdas de processamento o gestor pode tomar as seguintes medidas:
- Melhorar a metodologia e os parâmetros dos processos;
- Utilizar engenharia e análise de valor com foco no projeto de produto para simplificar a estrutura do produto, mas mantendo suas funcionalidades e qualidades.
5 – DESPERDÍCIOS EM MOVIMENTAÇÃO NAS OPERAÇÕES
Correspondem a operações inúteis nas linhas de fabricação ou nas máquinas. Logo, deve-se eliminar todo e qualquer movimento desnecessário. Sabe-se que a produtividade é inversamente proporcional ao tempo em que se executam ações que agregam valor ao produto. Portanto, quanto menor for esse tempo, maior será a capacidade produtiva.
As principais consequências da movimentação desnecessária nas operações são: superdimensionamento da mão de obra, aumento dos tempos de ciclo, desbalanceamento das linhas de produção, alta fadiga dos operadores e baixa produtividade.
Causas da movimentação desnecessária:
- Execução das operações de forma desorientada;
- Inadequação do layout;
- Análise equivocada dos movimentos e, consequentemente, má distribuição das tarefas nas linhas de fabricação;
- Ausência de parâmetros e do tempo padrão para o operador comparar o seu ritmo de trabalho;
- Desenvolvimento inadequado de racks de componentes ou materiais usados na produção.
A fim de evitar esses desperdícios as seguintes ações podem ser tomadas:
- Elaborar roteiro de trabalho para que esse ocorra de forma sequenciada;
- Facilitar o escoamento de peças e melhorar o layout;
- Definir o tempo de ciclo padrão e o tempo máximo de cada atividade;
- Eliminar ações que não agreguem valor ao produto;
- Adequar os postos de trabalho às normas da ergonomia.
6 – DESPERDÍCIO POR FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DEFEITUOSOS
São desperdícios decorrentes da fabricação de produtos que não atendem as especificações mínimas de qualidade e do projeto gerando retrabalhos, refugos ou itens suspeitos. A fabricação de produtos defeituosos tem consequências negativas, tais como: desperdício de material, movimentação e armazenagem de produtos defeituosos, retrabalhos, tempo de mão-de-obra produtiva, tempo de equipamentos não produtivos e baixa qualidade dos produtos.
As perdas por defeitos têm como principais causas:
- Baixa confiabilidade dos equipamentos;
- Pouca qualificação dos operadores na realização de inspeções de processos e produtos;
- Alta variabilidade de processos e de matéria-prima;
Principais medidas para eliminar produtos defeituosos:
- Implementar o controle estatístico da qualidade;
- Implementar sistemas a prova de erros;
- Realizar inspeção e ensaio de matérias-primas antes da liberação para o processo;
- Manter o operador sempre atualizado por meio de reciclagens e cursos;
- Inspecionar máquinas e equipamentos continuamente;
- Monitoramento contínuo das características do processo e do produto, autocontrole realizado pelo operador e encarregado da produção.
7 – DESPERDÍCIOS DE ESTOQUE
Os desperdícios de estoque representam custo elevado, problemas de controle e gestão de estoques, grandes áreas ocupadas e grandes distâncias entre processos. A maior dificuldade em combatê-los se deve a aparente “vantagem” que proporcionam ao minimizar problemas de sincronia entre os processos. Em vista disso, mascaram inúmeros problemas de qualidade e anomalias organizacionais. A melhor maneira de combatê-los é eliminar as razões pelas quais se faz necessário mantê-los.
As principais causas do desperdício de estoque são:
- Péssimo dimensionamento dos lotes e altos tempos de troca de ferramentas;
- Desequilíbrio entre produção e demanda;
- Desperdícios de superprodução geradores de estoques;
- Estoques para compensar esperas.
Ações para evitar esse tipo de perda:
- Melhorar layout;
- Aperfeiçoar o lead time;
- Produzir em pequenos lotes;
- Realizar sincronização e balanceamento dos fluxos de trabalho;
- Aprimorar setup e aumentar a confiabilidade das máquinas.
8 – DESPERDÍCIOS DOS CONHECIMENTOS E HABILIDADES DOS COLABORADORES
Potenciais represados ou não aproveitamento de talentos na organização podem ser fontes de desperdícios. Quando a empresa não aproveita as ideias ou coloca um profissional qualificado para exercer uma função aquém das habilidades que ele possui, no fundo, está subutilizando a capacidade do trabalhador. Enquanto o desperdício de uma máquina ou o defeito de um lote é mais perceptível, a falta de uso do chamado capital intelectual nem sempre é notada pelas organizações. Nesse caso, a gestão por competências pode ser uma maneira eficaz de as empresas alocarem adequadamente a mão de obra aos objetivos estratégicos da organização.
Ações para evitar esse tipo de perda:
- Treinar e motivar os funcionários;
- Incentivar e premiar os grupos de melhorias;
- “Trate sempre os seus funcionários exatamente como quer que eles tratem os seus clientes e sua empresa.”
Fonte Consultada: Edson Miranda da Silva Gestor da Qualidade – Produtividade e Sustentabilidade.
Para manter uma posição confortável no mercado atual e continuar crescendo, sua empresa precisa das ferramentas certas que facilitem a integração dos processos em sua fábrica, eliminando desperdícios e aumentando produtividade.
Através dos conceitos da Indústria 4.0, a AGPR5 oferece soluções completas com todos os controles para organizar e otimizar a linha de produção de sua fábrica em todas as etapas.
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