Você já ouviu falar do Projeto Aristóteles? Trata-se de uma ambiciosa pesquisa do Google realizada com a intenção de compreender melhor o trabalho em equipe de seus funcionários, especificamente responder por que certos times prosperam enquanto outros fracassam. Depois de analisar centenas de times da empresa e anos de dados, os pesquisadores chegaram a conclusões surpreendentes. Os resultados foram divulgados recentemente e você poderá usá-los a favor da sua própria equipe. Este artigo é baseado na entrevista que os integrantes do projeto concederam ao New York Times. Bom proveito!
Projeto… o quê?
No Vale do Silício, engenheiros de software são incentivados a trabalhar em conjunto. Isso porque grupos tendem a inovar mais, enxergar os erros de forma mais rápida e encontrar soluções melhores para os problemas. Dentro de empresas e conglomerados, o desempenho do trabalho em equipe é mais valioso que o desempenho do trabalho individual. Por isso, se uma empresa quer superar seus concorrentes, precisa influenciar não só como as pessoas trabalham, mas principalmente como elas funcionam em conjunto.
A história do Projeto Aristóteles começa cinco anos atrás, quando o Google – um dos maiores entusiastas da teoria de que o trabalho pode ser mais produtivo – dedicou-se à construção de uma equipe perfeita. Os altos executivos da empresa sempre acreditaram que, para isso, bastava combinar as melhores pessoas – as mentes mais brilhantes reunidas no mesmo time.
Em 2012, no entanto, a empresa embarcou mais profundamente na iniciativa que iria desconstruir essa teoria – que foi nomeado de Projeto Aristóteles, em homenagem ao primeiro filósofo que, de forma sistemática, estudou, registrou e fez a crítica das obras filosóficas anteriores. Para levá-lo adiante, Abeer Dubey, líder do projeto, reuniu alguns dos melhores estatísticos, psicólogos organizacionais, sociólogos, engenheiros da empresa e pesquisadores acadêmicos para compor sua equipe.
A gigante de tecnologia gastou milhões medindo quase todos os aspectos da vida dos seus empregados. O departamento de Pessoas e Operações analisou tudo, até mesmo particularidades como a frequência com que as pessoas almoçavam juntas. Concluíram, sem muita surpresa, que evitar a microgestão e ter uma comunicação clara eram aspectos fundamentais para um líder melhorar o desempenho da equipe. Mas isso já não era novidade para muitos gestores da empresa.